"As crianças pedem a seus pais para lhes contarem histórias antes de dormir. A mãe que se relaciona todos os dias com seus filhos quase que exclusivamente por meio de palavras de ordem - 'Já fez alição?', 'Não deixa nada no prato!', 'Seu quarto está uma bagunça!', 'Não se esqueça de escovar os dentes!' - aparece de outra forma para as crianças quando, à noite, senta-se na sua cama para ler ou contar histórias. É uma outra voz, que se torna tranquila e harmoniosa. É um outro contato humano, num tom mais colorido, divertido, vibrante, misterioso. Da mesma maneira, quando um professor se dispõe a trazer um conto para seus alunos, pode estabelecer um contato com eles, poderíamos dizer de imaginação para imaginação, no qual esta mesma qualidade viva se apresenta de modo insubstituível."
(MACHADO, Regina. "Acordais: Fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias". São Paulo: DCL, 2004)
sexta-feira, 11 de março de 2011
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