Criando e contando histórias!...

Criando e contando histórias!...

Blog Literário


O objetivo deste Blog consiste na divulgação de textos literários e de atividades de contação de histórias da escritora Kate Lúcia Portela. Além do desejo de encantar, empolgar, emocionar, cativar, informar, formar, reformar e transformar este blog tem a finalidade de incentivar a prática da leitura prazerosa!... Aproveite o ensejo para conhecer um pouco mais sobre essa escritora, acompanhando algumas de suas atividades artísticas e culturais. Vale a pena conferir!...



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Detector de Mãe

Um dia, eu estava com algumas crianças do jardim de infância e resolvi fazer uma Festa da Leitura: peguei uma caixa cheia de livros infantis e pus sobre a mesa para que pudéssemos manuseá-los.
No início, elas ficaram com receio.
- Tia, eu não sei ler... – falou uma das meninas.
- Você ainda não sabe ler palavras, mas ler imagens você sabe!
Mostrei as figuras dos livros, que as crianças logo leram, com entusiasmo.
Então, narrei uma história para elas.
Em outro dia, uma dessas garotinhas me fez uma pergunta inesperada.
- Você é nossa mãe?...
Fiquei inicialmente sem resposta.
- Eu? Bem... eh... mais ou menos... (respondi com cabeça de ‘adulto’).
Ela estava muito segura de si.
- É que a gente está aqui sem mãe...
Compreendi a proposta.
Então, fechamos contrato na mesma hora! (Rsrsrsrsrs)
Eu fiquei fascinada com o conceito revolucionário de “mãe” das crianças!...
Já havia presenciado um fenômeno semelhante, quando um menino, da mesma faixa etária, estava afastado de sua mãe e, desde então, chamava de “mamãe” qualquer mulher que lhe dedicasse alguma atenção.
Isso porque mãe representa carinho, afago, ternura, zelo.
Mas o fato incontestável é que as crianças sentem a autenticidade de nosso afeto... Parece até que elas têm uma espécie de Detector de Mãe! (Rsrsrsrsrs)
E, em verdade, quando se sentem protegidas e amadas, elas nos retribuem sempre de forma muito carinhosa, como o gesto de nos dar de presente o título de mamãe!...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Verbete Poético

Amor sm 1- Um gostar muito teimoso, que vence qualquer corrida de obstáculos 2- Carinho por toda carinha.

domingo, 17 de outubro de 2010

Mais provérbios líricos...

Quem conta um conto. Aumenta um ponto.

É errando que se aprende.

A-c-o-r-d-a-s-e-m-p-r-e-a-r-r-e-b-e-n-t-a-p-a-r-a-o-l-a-d-o-m-a-i-s

fraco.

Mais vale acender uma vela que amaldiçoar a escuridão.

Não chore sobre o leite derra........

............................................................mado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para o andar da poesia!...

Sobe?...


R...O...D...A...V...E...L...E

O................................... L

D .................................. E

A ...................................V

V .................................. A

E .................................. D

L................................... O

E...L...E...V...A...D...O....R


Desce?...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por uma pedagogia do NÃO!...

Aquele era um dia de aula normal. O professor de Artes fazia a análise de um belo quadro de Portinari, dando um destaque especial ao engajamento do pintor em relação às questões sociais.

Todos sentiam um imenso respeito por aquele mestre, principalmente Luiz, para o qual o adorado professor sempre tinha elogios. O jovem estudante queria mesmo era ser artista!...

Entretanto, um fato inusitado mudaria a vida de Luiz para sempre. Na saída da escola, o rapaz foi abordado por um homem elegantemente vestido e muito falante. Tratava-se de um traficante de drogas.

Na escola, o professor de Ciências, uma ano antes, fizera uma breve leitura, em sala de aula, de uma carta comovente escrita por um pai de um adolescente que havia se envolvido com drogas. Luiz teve essa lembrança na mesma hora em que aquele homem lhe ofereceu o tóxico.
- Não, eu não quero essa droga! - exclamou Luiz com veemência.

O traficante olhou para o lado a fim de constatar se ninguém ouvia a conversa, e ensaiou um argumento contrário.
- Mas...
- Eu tenho amor pela vida!

O traficante sentiu-se desafiado por conta da resposta do rapaz. Reconheceu que precisava reformular seu discurso para ser mais persuasivo, mais incisivo.
- Do que você tem medo, garoto?...

Luiz sentiu-se ofendido com aquela insinuação.
- Eu não tenho medo de nada! Eu aprendi que se deve dizer não às drogas e...
- Você não é homem!

Aquelas palavras mexeram com o brio do menino. Naquela fase de sua vida, tudo o que ele queria era ter jeito de homem, papo de homem, cara de homem, fazer tudo o que os homens faziam.
- Você vai me convencer de que você faz uso de drogas, de que você aceitou correr o risco de ficar viciado? Você só oferece essa droga para os outros... ─ afirmou Luiz.

O traficante regozijou-se. Conseguira fazer mais uma vítima. Do que adiantava as escolinhas fazerem campanhas de superfície contra as drogas? No mundo dos entorpecentes, há sempre argumentos para tudo, bastam ouvidos complacentes ou desprevenidos...
- Garoto, eu uso a droga, a droga não me usa!

Luiz ficou pensativo. Por um instante, o menino sentiu uma grande admiração por aquele homem tão determinado e muito, muito convincente. Ele simplesmente dominava as palavras, enquanto o rapazinho estava vivenciando o processo de construção do seu próprio discurso, onde o "não" precisara apresentar uma justificativa.

Como vencer a disputa argumentativa?

Meses se passaram. A mudança de Luiz foi sentida por todos. Em casa, a agressividade e a rebeldia. Na escola, a negligência com seus deveres. O menino que tinha um orgulho enorme de querer ser artista agora exibia os olhos tristes e atônitos. Chegara a roubar dinheiro da carteira do pai para sustentar o vício.

Um dia, Luiz foi encontrado caído em seu quarto. No hospital, os pais não deram crédito aos médicos. O filho não era um drogado. Mas a verdade prevaleceu. O jovem quis ter uma conversa com o professor de Artes. Contou-lhe, com dificuldade, toda a sua história, e lhe fez um pedido, que era para o mestre escrever um livro endereçado aos jovens, como uma forma de dar o precioso alerta: na porta de escolas, cursinhos, faculdades e no interior de muitas comunidades estão homens que têm conhecimento dos nossos sonhos, dos nossos medos e das nossas palavras: tudo aquilo que as drogas vão destruir. Os jovens não podem cair na conversa dos traficantes, ou vão cair de uma forma que possivelmente não mais se levantarão.

Luiz faleceu. Mas a sua luz não se apagou, até porque o sonho de ser artista não morreu com ele. O professor de Artes escreveu um livro, fazendo o relato da história do estudante, cujo título era: “Dizer não às drogas é uma arte!...”

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Estilista da Alma

Atormenta-vos o jugo atroz da ascendência
Dos padrões estéticos, humana vaidade.
Insanos entoam louvores à aparência;
Cristal formoso, e frágil em tempestade.

Seguis os pareceres da moda, grilhões
Da vossa então cativa individualidade.
Mas o tempo vos cobra mesmo em lentidões,
Enferrujado o tesouro: fugacidade.

Sábia a conquista dos valores imortais,
Dos bens imperecíveis que há no atelier
De cultivo ao ser, não ao fútil parecer.

Oh! Adornai-vos, mas com as flores celestiais
Das virtudes e senti sublime prazer:
Em vós, a certeza de ao mundo vencer!...

sábado, 2 de outubro de 2010

Bebidas... Fantásticas!


Café... com creme de arrebol.
Suco... de orvalho.
Vitamina... de chuva colorida.
Leite... de lua cheia em pó.
Refresco... de estrelas coradas.

Glub, glub, glub, glub, glub!...