Um dia, eu estava com algumas crianças do jardim de infância e resolvi fazer uma Festa da Leitura: peguei uma caixa cheia de livros infantis e pus sobre a mesa para que pudéssemos manuseá-los.
No início, elas ficaram com receio.
- Tia, eu não sei ler... – falou uma das meninas.
- Você ainda não sabe ler palavras, mas ler imagens você sabe!
Mostrei as figuras dos livros, que as crianças logo leram, com entusiasmo.
Então, narrei uma história para elas.
Em outro dia, uma dessas garotinhas me fez uma pergunta inesperada.
- Você é nossa mãe?...
Fiquei inicialmente sem resposta.
- Eu? Bem... eh... mais ou menos... (respondi com cabeça de ‘adulto’).
Ela estava muito segura de si.
- É que a gente está aqui sem mãe...
Compreendi a proposta.
Então, fechamos contrato na mesma hora! (Rsrsrsrsrs)
Eu fiquei fascinada com o conceito revolucionário de “mãe” das crianças!...
Já havia presenciado um fenômeno semelhante, quando um menino, da mesma faixa etária, estava afastado de sua mãe e, desde então, chamava de “mamãe” qualquer mulher que lhe dedicasse alguma atenção.
Isso porque mãe representa carinho, afago, ternura, zelo.
Mas o fato incontestável é que as crianças sentem a autenticidade de nosso afeto... Parece até que elas têm uma espécie de Detector de Mãe! (Rsrsrsrsrs)
E, em verdade, quando se sentem protegidas e amadas, elas nos retribuem sempre de forma muito carinhosa, como o gesto de nos dar de presente o título de mamãe!...
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
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