sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
O Vestido Azul (adaptação de Kate Lúcia Portela)
Era uma vez Celeste.
Ela era uma menina muito inteligente, meiga e simpática que morava numa cidadezinha do interior, em um bairro muuuuito pobre.
Ela estudava em uma escola, onde havia uma professora muito especial, que cantava sempre para que seus alunos se vestissem de fantasia!
“Abelhinha que dá o mel, raio de sol que ilumina o dia, gota d’água que mata a sede, também quero servir a vida. Rá... rá... rá... vou trabalhar, rei... rei... rei... semearei, ri... ri... ri... com alegria, rou... rou... rou... com muito amor.”
Mas, porém, no entanto, contudo, todavia, entretanto havia um problema nessa história.
Celeste costumava ir para a escola toda sujinha, com roupas esfarrapadas.
Essa situação tocava o coração de sua professora.
Então, ela começou a economizar um dinheirinho para ajudar a sua aluna e, após um tempo, comprou um lindo vestido azul para Celeste.
A menina ficou tão feliz, mas tão feliz que foi correndo para casa contar a novidade para a mãe. A mãe de Celeste lavava roupa pra fora. Já acordava no tanque, vivia no tanque.
Quando Celeste chegou até sua casa e mostrou o vestido azul para sua mãe, a lavadeira ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu a si mesma que, a partir da daquele dia, sua filha jamais ficaria sujinha de novo. Ela deu um banho na filha e colocou nela o vestido azul. Celeste sentou-se no sofá e ficou esperando o pai voltar do trabalho.
O pai de Celeste era vendedor de lenços. Ele vendia lenços para os tristes, para os gripados, para os suados.
Quando ele chegou até sua casa e viu a filha toda cheirosa e usando o vestido azul, ele ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu a si mesmo que, a partir daquele dia, a filha não moraria mais em uma casa sujinha. Ele combinou com a esposa de darem uma faxina na casa. Fez mais. Passou a cuidar do jardim, arrumou a cerca do quintal e pintou a casa toda com restinhos de tinta colorida que ganhara. A casa ficou uma graça!
Uma vizinha que ia passando achou a casa linda e ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesma que, a partir daquele dia, sua casa também ficaria limpinha e graciosa como aquela casa que estava diante de seus olhos.
Uma senhora que ia passando sentiu o perfume das flores do jardim da casa e ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesma que, a partir daquele dia, cuidaria muito bem de suas rosas.
Em pouco tempo, todo o bairro estava transformado!
Um político que ia passando no local ficou tão admirado com os esforços daquela gente, que resolveu ajudar. Ele conversou com o prefeito, que ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesmo que, a partir daquele dia, os interesses do povo seriam a prioridade de seu governo.
Ele investiu em saneamento básico, segurança, esporte, saúde, educação, cultura. Mandou construir escolas, hospitais, teatros, museus, salas de cinemas...
Com o tempo, o bairro ganhou ares de cidadania e o povo ficou tão feliz, mas tão feliz que todos comemoraram com a Festa do Azul Celeste!...
Ela era uma menina muito inteligente, meiga e simpática que morava numa cidadezinha do interior, em um bairro muuuuito pobre.
Ela estudava em uma escola, onde havia uma professora muito especial, que cantava sempre para que seus alunos se vestissem de fantasia!
“Abelhinha que dá o mel, raio de sol que ilumina o dia, gota d’água que mata a sede, também quero servir a vida. Rá... rá... rá... vou trabalhar, rei... rei... rei... semearei, ri... ri... ri... com alegria, rou... rou... rou... com muito amor.”
Mas, porém, no entanto, contudo, todavia, entretanto havia um problema nessa história.
Celeste costumava ir para a escola toda sujinha, com roupas esfarrapadas.
Essa situação tocava o coração de sua professora.
Então, ela começou a economizar um dinheirinho para ajudar a sua aluna e, após um tempo, comprou um lindo vestido azul para Celeste.
A menina ficou tão feliz, mas tão feliz que foi correndo para casa contar a novidade para a mãe. A mãe de Celeste lavava roupa pra fora. Já acordava no tanque, vivia no tanque.
Quando Celeste chegou até sua casa e mostrou o vestido azul para sua mãe, a lavadeira ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu a si mesma que, a partir da daquele dia, sua filha jamais ficaria sujinha de novo. Ela deu um banho na filha e colocou nela o vestido azul. Celeste sentou-se no sofá e ficou esperando o pai voltar do trabalho.
O pai de Celeste era vendedor de lenços. Ele vendia lenços para os tristes, para os gripados, para os suados.
Quando ele chegou até sua casa e viu a filha toda cheirosa e usando o vestido azul, ele ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu a si mesmo que, a partir daquele dia, a filha não moraria mais em uma casa sujinha. Ele combinou com a esposa de darem uma faxina na casa. Fez mais. Passou a cuidar do jardim, arrumou a cerca do quintal e pintou a casa toda com restinhos de tinta colorida que ganhara. A casa ficou uma graça!
Uma vizinha que ia passando achou a casa linda e ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesma que, a partir daquele dia, sua casa também ficaria limpinha e graciosa como aquela casa que estava diante de seus olhos.
Uma senhora que ia passando sentiu o perfume das flores do jardim da casa e ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesma que, a partir daquele dia, cuidaria muito bem de suas rosas.
Em pouco tempo, todo o bairro estava transformado!
Um político que ia passando no local ficou tão admirado com os esforços daquela gente, que resolveu ajudar. Ele conversou com o prefeito, que ficou tão feliz, mas tão feliz que prometeu para si mesmo que, a partir daquele dia, os interesses do povo seriam a prioridade de seu governo.
Ele investiu em saneamento básico, segurança, esporte, saúde, educação, cultura. Mandou construir escolas, hospitais, teatros, museus, salas de cinemas...
Com o tempo, o bairro ganhou ares de cidadania e o povo ficou tão feliz, mas tão feliz que todos comemoraram com a Festa do Azul Celeste!...
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Curso de Contação de Histórias On Line
Queridos amigos,
Acabo de publicar o meu curso de contação de histórias on line no Learncafe:
http://www.learncafe.com/cursos/diario-de-uma-contadora-de-historias
Aguardo vocês!
Acabo de publicar o meu curso de contação de histórias on line no Learncafe:
http://www.learncafe.com/cursos/diario-de-uma-contadora-de-historias
Aguardo vocês!
sábado, 9 de julho de 2011
Diário de Sherazade V
Querido diário,
Dizem que não somos nós que escolhemos as histórias, mas as histórias que nos escolhem...
Os teóricos são unânimes em afirmar que o contador deve apreciar a narrativa que vai contar, pesquisando os contos que mais o agradem, segundo critérios diversos.
Estudar a história é fundamental.
Precisamos interpretar bem o conto, avaliando as motivações das ações de personagens, as mudanças de cenário e passagens de tempo, o conjunto de valores implícitos e explícitos que integram a moral da história, as estruturas sintáticas e semânticas que compõem o texto.
Li uma obra que trata da paisagem do conto. A autora sugere que imaginemos os sons que a história evoca, bem como os cheiros, as cores, os sabores.
Podemos criar adjetivos que caracterizem as personagens da história, ilustrar algumas cenas, compor um gráfico que represente a trajetória de uma personagem, imaginar detalhes que não constam da narrativa.
Quando estudamos a história, ficamos mais habilitados a passar a sua verdade aos nossos ouvintes, nós nos envolvemos com ela, tomamos parte nos acontecimentos.
Recordo-me de quando estudei a história da dona Baratinha e me surpreendi ao perceber conteúdos profundos envolvendo as relações humanas, como encontros, desencontros, abandono, rejeição.
De início, eu achava a história muito infantil, mas após aplicar as estratégias da paisagem do conto eu fiquei apaixonada pela história.
Por isso, muitos afirmam que esse rótulo de literatura infantil é conversa pra boi dormir...
Já presenciei um caso de um contador de histórias que não compreendeu o final da história que estava contando e passou um desfecho confuso para a criançada.
Um menino percebeu e fez um gesto de descrédito para o contador, seguido de um comentário de insatisfação.
Certa vez, tive a idéia de incluir a audiência na história, afirmando que eles eram os pintinhos loiros da narrativa da Galinha Ruiva, mas eu não contava com a reação imediata das crianças, que eram, em sua maioria, pardas e negras. Elas não se identificaram com o papel que eu lhes atribuí. Então, propus que elas fossem os pintinhos coloridos. Aí, elas toparam, felizes!
Portanto, devemos estudar o texto e o contexto!
Dizem que não somos nós que escolhemos as histórias, mas as histórias que nos escolhem...
Os teóricos são unânimes em afirmar que o contador deve apreciar a narrativa que vai contar, pesquisando os contos que mais o agradem, segundo critérios diversos.
Estudar a história é fundamental.
Precisamos interpretar bem o conto, avaliando as motivações das ações de personagens, as mudanças de cenário e passagens de tempo, o conjunto de valores implícitos e explícitos que integram a moral da história, as estruturas sintáticas e semânticas que compõem o texto.
Li uma obra que trata da paisagem do conto. A autora sugere que imaginemos os sons que a história evoca, bem como os cheiros, as cores, os sabores.
Podemos criar adjetivos que caracterizem as personagens da história, ilustrar algumas cenas, compor um gráfico que represente a trajetória de uma personagem, imaginar detalhes que não constam da narrativa.
Quando estudamos a história, ficamos mais habilitados a passar a sua verdade aos nossos ouvintes, nós nos envolvemos com ela, tomamos parte nos acontecimentos.
Recordo-me de quando estudei a história da dona Baratinha e me surpreendi ao perceber conteúdos profundos envolvendo as relações humanas, como encontros, desencontros, abandono, rejeição.
De início, eu achava a história muito infantil, mas após aplicar as estratégias da paisagem do conto eu fiquei apaixonada pela história.
Por isso, muitos afirmam que esse rótulo de literatura infantil é conversa pra boi dormir...
Já presenciei um caso de um contador de histórias que não compreendeu o final da história que estava contando e passou um desfecho confuso para a criançada.
Um menino percebeu e fez um gesto de descrédito para o contador, seguido de um comentário de insatisfação.
Certa vez, tive a idéia de incluir a audiência na história, afirmando que eles eram os pintinhos loiros da narrativa da Galinha Ruiva, mas eu não contava com a reação imediata das crianças, que eram, em sua maioria, pardas e negras. Elas não se identificaram com o papel que eu lhes atribuí. Então, propus que elas fossem os pintinhos coloridos. Aí, elas toparam, felizes!
Portanto, devemos estudar o texto e o contexto!
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Blog do Rio Educa
Queridos leitores,
Saiu uma matéria sobre a contação de histórias que realizo na sala de leitura de minha escola, no Blog do Rio Educa:
http://www.rioeduca.net/blogViews.php?id=1100
(É só copiar o link e jogá-lo no google)
Vale a pena conferir!
Agradeço imensamente à direção da escola pela oportunidade!...
Parabéns aos alunos!
Saiu uma matéria sobre a contação de histórias que realizo na sala de leitura de minha escola, no Blog do Rio Educa:
http://www.rioeduca.net/blogViews.php?id=1100
(É só copiar o link e jogá-lo no google)
Vale a pena conferir!
Agradeço imensamente à direção da escola pela oportunidade!...
Parabéns aos alunos!
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