Querido diário,
Certa vez, uma amiga informou-me de que haveria uma apresentação de contação de histórias na lona cultural de meu bairro.
Compareci, cheia de expectativas, mas me deparei com uma atriz lendo um livro para um grupo de crianças.
Não era contação de histórias; era leitura de histórias.
E há diferenças?
Certamente.
Na leitura de histórias devemos preservar as palavras escolhidas pelo autor, sendo totalmente fiéis ao que está escrito, mesmo porque algumas crianças acompanham as palavras no livro. Na contação de histórias, a trama sempre sofre pequenas modificações, já que nunca contamos uma história da mesma forma. Além disso, é possível usar objetos como dedoches, fantoches e outros para se contar a história, pois não há o compromisso de se segurar o livro nas mãos durante a apresentação.
Na leitura, as crianças veem as imagens do livro, na contação elas imaginam as cenas da história.
Na leitura, as crianças normalmente ficam sentadas bem próximas ao contador, para visualizarem o livro. Na contação, não há necessidade de tanta proximidade, em princípio. Alguns contadores usam até microfones parra plateias maiores.
Na leitura, só há a movimentação das folhas do livro. Na contação, podemos usar a expressão corporal para desenhar as imagens no ar.
A leitura de histórias envolve a existência de livro, a priori. Na contação, podemos usar um repertório da cultura e literatura oral.
É importante frisar que não se trata de eleger uma atividade como sendo melhor do que a outra. Ambas têm vantagens e desvantagens. Só não aconselho misturar as técnicas, claro.
Ler e contar são excelentes estratégias para se estimular a leitura dos livros e, sobretudo, a leitura de mundo.
Finalmente, ler e contar é só começar...
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
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