sábado, 12 de fevereiro de 2011
Um cachorro para Maya - Roseana Murray (Adaptação de Kate Lúcia Portela)
Era uma vez uma menina meiga, inteligente e simpática, que se chamava Maya.
Maya era amiga da natureza!...
Ela gostava de admirar o sol, com seus raios que pareciam abraçá-la; o céu azul, que a fazia pensar nas coisas celestiais; ela admirava as rosas, com seu perfume mágico; as borboletas verdes, que traziam esperança para sua vida.
Apesar disso, Maya era uma menina solitária.
Então, ela começou a sonhar... sonhava com alguém de quem pudesse cuidar... sonhava com um cachorrinho, para com ele brincar correr, pular.
No seu aniversário, Maya pediu um cachorro de presente por meio de uma cartinha: “Pai e mãe, no meu aniversário de sente anos, não quero brinquedos nem roupas, quero uma coisa viva, quero um cachorrinho.”
Mas seus pais não lhe deram o presente desejado.
No Natal, Maya pediu novamente o cachorrinho através de uma nova cartinha:”Pai e mãe, para eu ser uma criança totalmente feliz, eu preciso de um cachorrinho. Quando o papai viaja, fico muito só. Ele vai ser como um irmão pra mim!”
Mas não houve resposta. No dia das crianças, Maya pediu outra vez um cachorrinho, com uma carta: “Pai e mãe, quero um cachorrinho! Pode ser de qualquer raça, de qualquer cor, pode ser feio ou bonito, eu já o amo como meu melhor amigo! Por favor, por favor, por favor!”
Mas ela não ganhou o tão sonhado presente.
O que estaria acontecendo?...
Como narrador, vou descobrir.
Os pais de Maya estão conversando neste momento.
O pai diz que ter um cachorro exige muita responsabilidade, pois tem que dar comida, dar banho, levar pra passear...
E a mãe...
Não estou ouvindo! Ei, mãe, você pode falar mais alto?
Obrigada!
Ah, sim! Ela diz que é preciso confiar em Maya, que ela vai amadurecer muito com a experiência. O pai acaba concordando.
Então, eles começam a procurar anúncios em jornais e descobrem que em um sítio ali por perto havia nascido uma ninhada de cães.
Eles levam Maya, feliz da vida, até esse sítio e ela não sabia que cãozinho escolher. Ficou numa dúvida! Por ideia do pai, ela fechou os olhos, deu um giro, abaixou-se e pegou um cãozinho. Viu, então, que ele tinha um olhinho pintado, como um piratinha...
― Eu vou cuidar de você, nada de mal vai lhe acontecer...
Eles vão embora, pois precisavam esperar o desmame dos filhotes.
O tempo passou devagarzinho, Maya estava ansiosa.
Mas logo chegou a semana de provas e o tempo passou rapidinho.
Quando chegaram ao sítio, souberam que algo de muito triste havia ocorrido.
Maya descobriu que o sítio havia sido invadido e os filhotes, roubados.
Ela ficou muito, muito triste.
Mas ouviu uma música, uma canção de esperança dentro de si mesma!
Então, Maya seguiu sua vida: cantou, brincou, amou, sofreu, estudou, correu.
Amou.
Amou-se.
O tempo passava normalmente, nem rápido, nem devagar.
Os pais de Maya pesquisaram um novo anúncio e fizeram uma surpresa para a filha.
Pediram que ela fosse até o escritório.
Maya, quando abriu a porta do escritório, teve uma surpresa.
Ela não precisou escolher um cãozinho: ganhou uma ninhada de filhotinhos!
Ela se sentiu feliz e realizada.
Pegou um por um.
Afinal, descobriu que os nossos sonhos estão nas nossas mãos!...
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