Era uma vez um pezinho.
De bebê.
Um pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Ele queria caminhar, mas o bebê não sabia andar...
Queria conhecer o mundo.
Sentir o chão.
A grama.
O asfalto.
O piso.
Mas vivia sempre nos mesmos lugares.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Queria conviver com as estrelas.
As nuvens.
O sol.
Queria pisar na lua!
Mas só conhecia berço.
Carrinho.
Cestinho.
Quase não saía de casa.
Pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Até que, um dia, percebeu que, bem ao seu lado, havia outro pé.
Bem, bem, bem feliz. Com seus dedinhos animados.
Então, o pezinho triste quis saber por que aquele pezinho vivia contente.
O pezinho era alegre porque vivia ganhando beijinhos carinhosos.
Da mamãe.
Do papai.
Da vovó.
Do vovô.
O pezinho era alegre porque vivia trocando de roupa.
Sapatinho de lã.
Tenizinho.
Meias.
O pezinho era alegre porque adorava mergulhar na banheira.
O pezinho triste ficou surpreso.
Nunca dera valor aos mesmos brinquedos.
Mesmo!
Só pensava em caminhar... caminhar... caminhar...
Que tropeço!
Daí por diante, ele mudou.
Ficou bem, bem, bem feliz. Com o outro pezinho.
Pé esquerdo. Pé direito.
Animados.
Pés de recém-nascido.
E mal sabiam que caminhariam juntos a vida inteira!...
domingo, 24 de fevereiro de 2013
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