Era uma vez um galinho.
Mas ele era diferente.
Quando o sol nascia, ele não fazia cocoricó.
Ele fazia coricocó.
Os outros galos não gostavam nada, nada.
E o corrigiam:
- Cocoricó!
Mas o galinho fazia:
- Coricocó!
E os outros galos faziam cara feia!
E tudo lhes foi ficando feio.
Eles já não admiravam a flor desabrochando.
Faziam cara feia!
-Coricocó!
- Cocoricó!
Eles já não admiravam as estrelas brilhando no céu.
Faziam cara feia!
- Coricocó!
-Cocoricó!
Eles já não admiravam as abelhas fabricando o mel.
Faziam cara feia!
- Coricocó!
- Cocoricó!
Até que um dia apareceu outro galinho que fazia:
- Cococori!
E ele ficou amigo do galinho que fazia:
-Coricocó!
Eles uniram o seu canto em um só:
- Cococoricoricocó!
Em pouco tempo, apareceram outros galinhos, que os imitavam:
- Cococoricoricocó!
E lhes faziam cara bonita.
Então, os outros galos desisitiram de corrigi-los.
Apenas faziam cara feia.
E perdiam as 'bonitezas' da vida...
Cococori!
Coricocó!
Cocoricó!
Porque o sol nasce para todos!
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Feliz dia dos professores!...
Dia dos professores
(Kate Lúcia Portela)
Professor:aquele que professa publicamente a sua crença.
Definição poética.
Filosófica.
Etimológica.
Professar publicamente a crença na educação.
Professar publicamente a crença na cidadania.
Professar publicamente a crença nos valores humanos.
Professor: aquele cuja missão é transformar as tais escolas-gaiolas em escolas-asas.
Voar na amplidão da leitura.
Voar na imensidão das culturas.
Voar, pois “nada é pesado para quem tem asas”.
Professor: aquele cuja missão é alimentar ideais.
Sonhos.
Projetos.
Fantasias.
Professor: aquele cuja missão é lutar.
Batalhar.
Resistir.
Formar, Reformar, Informar... Transformar.
Professor: aquele cuja missão é acordar sentimentos.
Como o respeito,
Como a admiração.
E o nosso desejo de lhes desejar um feliz dia dos professores!
Parabéns, queridos mestres!...
(Kate Lúcia Portela)
Professor:aquele que professa publicamente a sua crença.
Definição poética.
Filosófica.
Etimológica.
Professar publicamente a crença na educação.
Professar publicamente a crença na cidadania.
Professar publicamente a crença nos valores humanos.
Professor: aquele cuja missão é transformar as tais escolas-gaiolas em escolas-asas.
Voar na amplidão da leitura.
Voar na imensidão das culturas.
Voar, pois “nada é pesado para quem tem asas”.
Professor: aquele cuja missão é alimentar ideais.
Sonhos.
Projetos.
Fantasias.
Professor: aquele cuja missão é lutar.
Batalhar.
Resistir.
Formar, Reformar, Informar... Transformar.
Professor: aquele cuja missão é acordar sentimentos.
Como o respeito,
Como a admiração.
E o nosso desejo de lhes desejar um feliz dia dos professores!
Parabéns, queridos mestres!...
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
1001
Era uma vez Maria.
Era uma vez João.
Eles eram da turma 1001.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria colocava uma florzinha nos cabelos.
Maria gostava de quando João colocava um boné colorido.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria fazia bonecas de lata.
Maria gostava de quando João fazia aviõezinhos de papel.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria brincava de pular corda.
Maria gostava de quando João brincava de bolinhas de gude.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria comia sonho de padaria.
Maria gostava de quando João comia maçã do amor.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria lia contos de fadas.
Maria gostava de quando João lia histórias de terror.
E eles se gostavam...
Mas havia um problema.
Maria gostava de Matemática.
João, não.
Maria gostava de gelatina.
João, não.
Maria gostava de poesia.
João, não.
Maria gostava de massinha.
João, não.
Então, João acabou mudando de turma.
E conheceu Joana.
Joana não gostava de Matemática.
Joana não gostava de gelatina.
Joana não gostava de poesia.
Joana não gostava de massinha.
Joana gostava de João.
Mas...
João gostava de Maria.
E encontrou 1001 motivos para voltar pra sua turma.
Maria e João.
João e Maria.
E eles se gostavam...
Era uma vez João.
Eles eram da turma 1001.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria colocava uma florzinha nos cabelos.
Maria gostava de quando João colocava um boné colorido.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria fazia bonecas de lata.
Maria gostava de quando João fazia aviõezinhos de papel.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria brincava de pular corda.
Maria gostava de quando João brincava de bolinhas de gude.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria comia sonho de padaria.
Maria gostava de quando João comia maçã do amor.
E eles se gostavam...
João gostava de quando Maria lia contos de fadas.
Maria gostava de quando João lia histórias de terror.
E eles se gostavam...
Mas havia um problema.
Maria gostava de Matemática.
João, não.
Maria gostava de gelatina.
João, não.
Maria gostava de poesia.
João, não.
Maria gostava de massinha.
João, não.
Então, João acabou mudando de turma.
E conheceu Joana.
Joana não gostava de Matemática.
Joana não gostava de gelatina.
Joana não gostava de poesia.
Joana não gostava de massinha.
Joana gostava de João.
Mas...
João gostava de Maria.
E encontrou 1001 motivos para voltar pra sua turma.
Maria e João.
João e Maria.
E eles se gostavam...
quarta-feira, 17 de julho de 2013
As figurinhas de João
Era uma vez um menino.
João.
Ele colecionava figurinhas: 1, 2, 10, 30, 50...
João queria ter um milhão de figurinhas.
Figurinhas de gente.
Crianças.
Jovens.
Adultos.
Idosos.
Ele as carregava na mochila.
Nunca ficava sem elas.
Dormia com elas.
Sonhava com elas.
Acordava com elas.
As figurinhas eram as únicas amigas de João.
Até que, um dia, ele conheceu Joana.
Ela tinha 1, 2, 10, 30, 50... amigos.
Joana queria ter um milhão de amigos.
João ficou encantado com o jeitinho de Joana.
Ela cumprimentava as pessoas alegremente: “Bom dia”, “Boa tarde”,Boa noite”.
Ela usava as palavras mágicas: “Obrigada”, “Com licença”, “Por favor”.
Joana virou a amiga número 1 de João.
E ele dividiu com ela suas figurinhas de gente.
E com os outros amigos que vieram depois.
Dizem que eram quase um milhão...
João.
Ele colecionava figurinhas: 1, 2, 10, 30, 50...
João queria ter um milhão de figurinhas.
Figurinhas de gente.
Crianças.
Jovens.
Adultos.
Idosos.
Ele as carregava na mochila.
Nunca ficava sem elas.
Dormia com elas.
Sonhava com elas.
Acordava com elas.
As figurinhas eram as únicas amigas de João.
Até que, um dia, ele conheceu Joana.
Ela tinha 1, 2, 10, 30, 50... amigos.
Joana queria ter um milhão de amigos.
João ficou encantado com o jeitinho de Joana.
Ela cumprimentava as pessoas alegremente: “Bom dia”, “Boa tarde”,Boa noite”.
Ela usava as palavras mágicas: “Obrigada”, “Com licença”, “Por favor”.
Joana virou a amiga número 1 de João.
E ele dividiu com ela suas figurinhas de gente.
E com os outros amigos que vieram depois.
Dizem que eram quase um milhão...
sábado, 13 de julho de 2013
Alice
Em um lugar qualquer, em um tempo qualquer, existiu uma boneca.
Bonitinha.
Engraçadinha.
Fofinha.
Mas ela tinha um defeito de fabricação: era maluquinha.
Só faltava uma panela na cabeça.
Ela tinha ideias.
Alice queria colorir o sol de muitas cores.
Azul.
Verde.
Vermelho.
Lilás.
Preto.
Alice queria fazer chover flores.
Margaridas.
Rosas.
Violetas.
Cravos.
Girassóis.
Alice queria misturar as histórias.
Cinderela adormecida.
Branca de Neve e os três porquinhos.
Rapunzel no país das maravilhas.
Chapeuzinho Vermelho e a Fera.
Alice queria preparar saladas doidinhas.
Alface com sorvete e milho.
Agrião com algodão doce e ervilha.
Rúcula com jujubas e palmito.
Chicória com pudim e azeitonas.
Alice queria fazer o casamento dos animais.
A girafa com o caramujo.
O hipopótamo com a formiga.
O elefante com a barata.
O leão com a mosca.
Alice queria virar o mundo do lado avesso.
Mas era só uma boneca.
Bonitinha.
Engraçadinha.
Fofinha.
Até que, um dia, ela descobriu que tinha poderes mágicos.
Sinsalamin!
Alakazan!
E... zás!
Lá estava o mundo do lado avesso.
O mundo de Alice?
O mundo do era uma vez.
Era uma vez o Pinóquio...
Era uma vez o Lobo Mau...
Era uma vez o Cebolinha...
Era uma vez o tio Patinhas...
Era uma vez... você!
Venha fazer parte dessa história...
Leia , leia mais!...
Bonitinha.
Engraçadinha.
Fofinha.
Mas ela tinha um defeito de fabricação: era maluquinha.
Só faltava uma panela na cabeça.
Ela tinha ideias.
Alice queria colorir o sol de muitas cores.
Azul.
Verde.
Vermelho.
Lilás.
Preto.
Alice queria fazer chover flores.
Margaridas.
Rosas.
Violetas.
Cravos.
Girassóis.
Alice queria misturar as histórias.
Cinderela adormecida.
Branca de Neve e os três porquinhos.
Rapunzel no país das maravilhas.
Chapeuzinho Vermelho e a Fera.
Alice queria preparar saladas doidinhas.
Alface com sorvete e milho.
Agrião com algodão doce e ervilha.
Rúcula com jujubas e palmito.
Chicória com pudim e azeitonas.
Alice queria fazer o casamento dos animais.
A girafa com o caramujo.
O hipopótamo com a formiga.
O elefante com a barata.
O leão com a mosca.
Alice queria virar o mundo do lado avesso.
Mas era só uma boneca.
Bonitinha.
Engraçadinha.
Fofinha.
Até que, um dia, ela descobriu que tinha poderes mágicos.
Sinsalamin!
Alakazan!
E... zás!
Lá estava o mundo do lado avesso.
O mundo de Alice?
O mundo do era uma vez.
Era uma vez o Pinóquio...
Era uma vez o Lobo Mau...
Era uma vez o Cebolinha...
Era uma vez o tio Patinhas...
Era uma vez... você!
Venha fazer parte dessa história...
Leia , leia mais!...
terça-feira, 9 de julho de 2013
A Bela e a Fera
Dizem que beleza é fundamental...
Mas que dizer de Bela?
A princesa apaixonou-se por uma Fera.
Este conto de fadas é permeado pela dicotomia entre beleza externa versus beleza interna.
Então, cabem as perguntas: que valores adotamos, que ideais acalentamos?
A beleza exterior acima de tudo?
Queremos, a todo custo, nos enquadrar no padrão de beleza imposto pela sociedade?
Afinal, isso influencia significativamente em nossa prática pedagógica.
Já presenciei cenas de deboche na escola, relacionadas ao físico de uma aluna.
Por parte de alguns alunos.
Por parte de alguns professores.
Então, cabem as perguntas: que valores transmitimos aos nossos alunos, que ideais propagamos?
Devemos estar sempre vigilantes.
Somos um espelho.
Mas não um espelho que reflete a aparência das pessoas.
Somos um espelho, pois refletimos o tão necessário senso crítico.
Diz o adágio popular que beleza não põe mesa.
De fato, relativizar o conceito de beleza é uma atitude saudável e inteligente.
A inteligência é bela...
A virtude é bela...
A cultura é bela...
A arte é bela...
Mas, sobretudo, a vida é bela!...
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Mãozinha do Vitinho
Pega, pega , pega!
Mãozinha de bebê...
Inquieta!
Quer pegar a fralda,
Quer pegar o sabonete,
Quer pegar o cotonete!
Pega, pega, pega!
E não deixe de pegar:
Livros.
Algodão doce.
Estrelas.
Flores.
Cometas.
Pega, pega, pega!
E aprenda a mandar beijinhos,
Querida mãozinha!
E aprenda a fazer cafuné,
Querida mãozinha!
E aprenda a pedir silêncio,
Querida mãozinha!
Pega, pega, pega!
Pega um grãozinho de gritinhos,
Pega um grãozinho de soninho,
Pega um grãozinho de soluços,
Pega um grãozinho de chorinho,
Pega, pega, pega!
E plante no coração da mamãe e do papai!
Pega, pega, pega!
Pega esse bebezinho...
Pega, pega, pega!
Mas pega no colinho!
Mãozinha de bebê...
Inquieta!
Quer pegar a fralda,
Quer pegar o sabonete,
Quer pegar o cotonete!
Pega, pega, pega!
E não deixe de pegar:
Livros.
Algodão doce.
Estrelas.
Flores.
Cometas.
Pega, pega, pega!
E aprenda a mandar beijinhos,
Querida mãozinha!
E aprenda a fazer cafuné,
Querida mãozinha!
E aprenda a pedir silêncio,
Querida mãozinha!
Pega, pega, pega!
Pega um grãozinho de gritinhos,
Pega um grãozinho de soninho,
Pega um grãozinho de soluços,
Pega um grãozinho de chorinho,
Pega, pega, pega!
E plante no coração da mamãe e do papai!
Pega, pega, pega!
Pega esse bebezinho...
Pega, pega, pega!
Mas pega no colinho!
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Ouvido e orelha do Vitinho
Era uma vez um ouvido de bebê.
Era uma vez uma orelha de bebê.
Nunca se viram.
Mas um sabia do outro.
O ouvido amava a orelha.
A orelha amava o ouvido.
E sonhavam em se casar...
Em viver um do lado do outro,
Como dois olhinhos de bebê.
E acostumaram-se a escutar as mesmas coisas...
Músicas para bebês que mamãe cantava.
Histórias para bebês que papai contava.
E o bebê chorava:
Buá, buá, buá.
E o bebê sorria:
Quiá, quiá, quiá.
E o amor do ouvido
E da orelha era feito de barulhos poéticos:
Barulho do milho virando pipoca.
Barulho de apito de criança.
Barulho de cantigas de roda.
Barulho de beijinhos estalados.
E o amor do ouvido
E da orelha era feito de ruídos poéticos:
Ruído do papelzinho que o bebê rasga.
Ruído da chuva fina que cai na terra.
Ruído da gargalhada do palhaço.
Ruído do latido de um cãozinho serelepe.
Mas era no silêncio que o ouvido e a orelha se diziam:
“Eu te amo”.
O ouvido.
A orelha.
Juntos.
O ouvido e a orelha.
sábado, 1 de junho de 2013
Boquinha de Vitinho
Era uma vez uma boquinha.
Sujinha de leite.
Leite da mamãe.
Colo da mamãe.
Qual o mais gostoso?...
Sonhava em poder dar beijinhos estalados.
Na mamãe.
No papai.
No vovô e na vovó.
Queria falar todo o abecedário.
De trás pra frente: zyxwvu....
E mais uns mil ‘eu te amos’...
Te amo, sol...
Te amo, lua...
Te amo, estrelas...
Te amo, nuvens...
Bebê docinho, parece pé-de-moleque na boca!
Bebê salgadinho, parece pipoca de cinema na boca!
Boquinha com hálito de sereno,
De arrebol,
De alfazema,
De orvalho.
Boquinha de beijinho doce.
Com gosto de maçã do amor,
Paçoca,
Maria mole,
Algodão doce!
Boquinha de bebê,
Imitando carrinho,
Fazendo carinho,
Em mim e você!...
Sujinha de leite.
Leite da mamãe.
Colo da mamãe.
Qual o mais gostoso?...
Sonhava em poder dar beijinhos estalados.
Na mamãe.
No papai.
No vovô e na vovó.
Queria falar todo o abecedário.
De trás pra frente: zyxwvu....
E mais uns mil ‘eu te amos’...
Te amo, sol...
Te amo, lua...
Te amo, estrelas...
Te amo, nuvens...
Bebê docinho, parece pé-de-moleque na boca!
Bebê salgadinho, parece pipoca de cinema na boca!
Boquinha com hálito de sereno,
De arrebol,
De alfazema,
De orvalho.
Boquinha de beijinho doce.
Com gosto de maçã do amor,
Paçoca,
Maria mole,
Algodão doce!
Boquinha de bebê,
Imitando carrinho,
Fazendo carinho,
Em mim e você!...
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Nariz de Vitinho
Era uma vez um narizinho de bebê.
Vivia respirando.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a mamãe.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava o papai.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a vovó.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Gostava de sabonete.
Gostava de colônia.
Nossa, que cheirinho!
Detestava cecê.
Detestava cocô.
Nossa, que cheirão!
Brincava de prender a respiração debaixo d’água.
Na piscina.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Sonhava com o perfume das flores.
Do sereno.
Da comidinha da vovó.
Sonhava.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Detestava espirrar.
Às vezes, precisava de lenço, de tão resfriado.
Pingava.
Parecia uma torneirinha quebrada.
Mas logo ficava bonzinho.
Curtia era um cotonete.
Porque fazia cócegas.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Narizinho.
De batata?
Que nada...
De balada!
O narizinho dançava...
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
O narizinho dançava... com o nariz da mamãe, do papai e da vovó.
Juntos nos beijinhos de esquimó,
Que xodó!...
Vivia respirando.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a mamãe.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava o papai.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a vovó.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Gostava de sabonete.
Gostava de colônia.
Nossa, que cheirinho!
Detestava cecê.
Detestava cocô.
Nossa, que cheirão!
Brincava de prender a respiração debaixo d’água.
Na piscina.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Sonhava com o perfume das flores.
Do sereno.
Da comidinha da vovó.
Sonhava.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Detestava espirrar.
Às vezes, precisava de lenço, de tão resfriado.
Pingava.
Parecia uma torneirinha quebrada.
Mas logo ficava bonzinho.
Curtia era um cotonete.
Porque fazia cócegas.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Narizinho.
De batata?
Que nada...
De balada!
O narizinho dançava...
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
O narizinho dançava... com o nariz da mamãe, do papai e da vovó.
Juntos nos beijinhos de esquimó,
Que xodó!...
terça-feira, 9 de abril de 2013
Raul
No menino Raul, apareceu uma mancha azul.
Parecia ferrugem...
Era um sintoma.
De opressão.
Sempre que o menino deixava de expressar seus sentimentos, lá estavam elas... as manchas.
A obra “Raul, da ferrugem azul”, da genial Ana Maria Machado nos alerta sobre os sentimentos represados das crianças, das pessoas.
Trata da relevância de dizer o que estamos sentindo.
Desabafar.
Reivindicar.
A esse propósito, autores há afirmando que as crianças normalmente não expressam seus sentimentos com palavras literais, mas por meio de reações, até agressivas. Eles aconselham que as crianças escrevam e contem histórias para se expressarem, pois é terapêutico.
Raul consegue se libertar da opressão conhecendo outras crianças que vivenciavam o mesmo problema, como Estela da ferrugem amarela.
De fato, a escola não pode ser uma gaiola onde as crianças e seus sentimentos sejam aprisionados.
É preciso dar voz às crianças.
Para conhecê-las.
Para ajudá-las.
Para transformá-las.
Dizer não à pedagogia do ‘engole o choro’...
Viver uma democracia de turnos de fala, e não um monólogo a partir do qual apenas os professores falam.
Diálogo.
Essa é a apalavra.
Tirar a ferrugem do coração.
Exercitar o debate.
A troca.
Interpretar textos?
Interpretar crianças!
Também!
Afinal, crianças são cartas vivas...
E a vida nos pede para decifrá-las.
Ferrugem azul?
Céu azul!
Sem limites pra sonhar...
Parecia ferrugem...
Era um sintoma.
De opressão.
Sempre que o menino deixava de expressar seus sentimentos, lá estavam elas... as manchas.
A obra “Raul, da ferrugem azul”, da genial Ana Maria Machado nos alerta sobre os sentimentos represados das crianças, das pessoas.
Trata da relevância de dizer o que estamos sentindo.
Desabafar.
Reivindicar.
A esse propósito, autores há afirmando que as crianças normalmente não expressam seus sentimentos com palavras literais, mas por meio de reações, até agressivas. Eles aconselham que as crianças escrevam e contem histórias para se expressarem, pois é terapêutico.
Raul consegue se libertar da opressão conhecendo outras crianças que vivenciavam o mesmo problema, como Estela da ferrugem amarela.
De fato, a escola não pode ser uma gaiola onde as crianças e seus sentimentos sejam aprisionados.
É preciso dar voz às crianças.
Para conhecê-las.
Para ajudá-las.
Para transformá-las.
Dizer não à pedagogia do ‘engole o choro’...
Viver uma democracia de turnos de fala, e não um monólogo a partir do qual apenas os professores falam.
Diálogo.
Essa é a apalavra.
Tirar a ferrugem do coração.
Exercitar o debate.
A troca.
Interpretar textos?
Interpretar crianças!
Também!
Afinal, crianças são cartas vivas...
E a vida nos pede para decifrá-las.
Ferrugem azul?
Céu azul!
Sem limites pra sonhar...
sexta-feira, 22 de março de 2013
O coelhinho
Há muito, muito tempo...
Na Terra do Sentimento...
Aos pés do vento...
Existiu um coelho.
Sentimental.
Intelectual
Mas sem amigo.
Sem abrigo.
Gostava do A.
Mas não gostava da Aninha.
Gostava do B.
Mas não gostava do Betinho.
Gostava do C.
Mas não gostava da Carlinha.
Gostava do zzzzzzz...
E de dormir!
Um dia, acordou!
Queira ser o número 1 da floresta.
Pintar o 7.
Ser um coelho nota 10.
Fazer 1000 travessuras.
E ter 1 milhão de amigos!...
Já não bastava ser amigo do Saci.
Dos Três Porquinhos.
Do Cascão.
Da cigarra e da formiga.
Queria ser amigo dos Josés.
Queria ser amigo das Marias.
Então, virou lagarta.
Virou casulo.
Virou borboleta.
De mentirinha.
Mas a verdade é que o coelho-livro virou coelho-livre!
E conquistou amigos:
O leão mandão.
A girafa com estafa.
O cachorro-zorro.
A macaca de maca.
A lebre com febre.
O coelhinho ficava feliz para sempre, sempre que podia...
E ria!
E lia!
Na Terra do Sentimento...
Aos pés do vento...
Existiu um coelho.
Sentimental.
Intelectual
Mas sem amigo.
Sem abrigo.
Gostava do A.
Mas não gostava da Aninha.
Gostava do B.
Mas não gostava do Betinho.
Gostava do C.
Mas não gostava da Carlinha.
Gostava do zzzzzzz...
E de dormir!
Um dia, acordou!
Queira ser o número 1 da floresta.
Pintar o 7.
Ser um coelho nota 10.
Fazer 1000 travessuras.
E ter 1 milhão de amigos!...
Já não bastava ser amigo do Saci.
Dos Três Porquinhos.
Do Cascão.
Da cigarra e da formiga.
Queria ser amigo dos Josés.
Queria ser amigo das Marias.
Então, virou lagarta.
Virou casulo.
Virou borboleta.
De mentirinha.
Mas a verdade é que o coelho-livro virou coelho-livre!
E conquistou amigos:
O leão mandão.
A girafa com estafa.
O cachorro-zorro.
A macaca de maca.
A lebre com febre.
O coelhinho ficava feliz para sempre, sempre que podia...
E ria!
E lia!
domingo, 17 de março de 2013
Girafinha
Era uma vez uma girafinha.
Vaidosa.
Charmosa.
Com cara de Mimosa.
Vivia em frente ao espelho.
Humor de gelo.
Não tinha cabelo!
Viajou por Sete Mares.
Comprou 100 colares!
Vivia com eles enfeitada.
Era tão enjoada!
Até que, um dia, ela se sentiu mal...
Mal, mal, mal.
Não passava a dor.
Que horror!
Então, ela resolveu passear.
Pegar um pouco de ar...
Mas viu um coelho de pé quebrado.
E ajudou o coitado.
Aí, CREU... arrebentou-se 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas viu uma árvore em chamas:
Dona Ana.
Girafinha apagou o fogo.
Venceu o jogo.
Aí, CREC... arrebentou-se mais 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas viu um macaco preso num cipó.
Ajudou o pobre, por dó.
Aí, CREC arrebentou-se mais 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas... foram mais 97 pedidos de ajuda!
Era casada e viúva, doente e são...
E mais colares iam pro chão!
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Também, pudera!
Colares pesados!
Mal-amados!
Agora, arrebentados!
Fora, fora, fora!
Vão embora!
Deixem a girafinha respirar...
Pegar um pouco de ar...
Ajudar.
Ajudar.
Ajudar.
Pra poder se amar,
Mesmo sem colar!...
Vaidosa.
Charmosa.
Com cara de Mimosa.
Vivia em frente ao espelho.
Humor de gelo.
Não tinha cabelo!
Viajou por Sete Mares.
Comprou 100 colares!
Vivia com eles enfeitada.
Era tão enjoada!
Até que, um dia, ela se sentiu mal...
Mal, mal, mal.
Não passava a dor.
Que horror!
Então, ela resolveu passear.
Pegar um pouco de ar...
Mas viu um coelho de pé quebrado.
E ajudou o coitado.
Aí, CREU... arrebentou-se 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas viu uma árvore em chamas:
Dona Ana.
Girafinha apagou o fogo.
Venceu o jogo.
Aí, CREC... arrebentou-se mais 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas viu um macaco preso num cipó.
Ajudou o pobre, por dó.
Aí, CREC arrebentou-se mais 1 colar.
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Mas... foram mais 97 pedidos de ajuda!
Era casada e viúva, doente e são...
E mais colares iam pro chão!
Ela se sentiu bem.
Bem, bem, bem.
Também, pudera!
Colares pesados!
Mal-amados!
Agora, arrebentados!
Fora, fora, fora!
Vão embora!
Deixem a girafinha respirar...
Pegar um pouco de ar...
Ajudar.
Ajudar.
Ajudar.
Pra poder se amar,
Mesmo sem colar!...
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
A cachorrinha
Há muito, muito tempo existiu uma cachorrinha.
Mas ela era diferente.
Não gostava de osso.
Nem um pouco.
Gostava de roer livros.
Ela queria calçar sapatinhos de cristal com a Cinderela.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria ouvir histórias de terror com a Mula-sem-Cabeça.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria usar uma panelinha na cabeça com o Menino Maluquinho.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria conhecer o Sítio do Pica-Pau amarelo com a Emília.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria até arrotar com o Shrek.
Mas só lhe davam ossos...
Até que, um dia, ela conheceu um menino amável.
Em vez de lhe dar um osso, ele lhe deu livros.
Percebeu que aquela cachorrinha tinha fome de imaginação.
Então...
Brincaram de pique-alto com os aviõezinhos de papel.
Pularam corda com as tranças da Rapunzel.
Apostaram corrida com a tartaruga e a lebre.
Tomaram banho de chuva colorida.
Fizeram uma sopa de letrinhas.
Eles viajaram juntos para a TERRA DO NUNCA:
Nunca mais a cachorrinha teve fome de leitura!
Nunca mais a cachorrinha teve fome de amigos!
Havia começado a ERA DO SEMPRE:
Feliz para sempre!
Sempre!...
Mas ela era diferente.
Não gostava de osso.
Nem um pouco.
Gostava de roer livros.
Ela queria calçar sapatinhos de cristal com a Cinderela.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria ouvir histórias de terror com a Mula-sem-Cabeça.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria usar uma panelinha na cabeça com o Menino Maluquinho.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria conhecer o Sítio do Pica-Pau amarelo com a Emília.
Mas só lhe davam ossos...
Ela queria até arrotar com o Shrek.
Mas só lhe davam ossos...
Até que, um dia, ela conheceu um menino amável.
Em vez de lhe dar um osso, ele lhe deu livros.
Percebeu que aquela cachorrinha tinha fome de imaginação.
Então...
Brincaram de pique-alto com os aviõezinhos de papel.
Pularam corda com as tranças da Rapunzel.
Apostaram corrida com a tartaruga e a lebre.
Tomaram banho de chuva colorida.
Fizeram uma sopa de letrinhas.
Eles viajaram juntos para a TERRA DO NUNCA:
Nunca mais a cachorrinha teve fome de leitura!
Nunca mais a cachorrinha teve fome de amigos!
Havia começado a ERA DO SEMPRE:
Feliz para sempre!
Sempre!...
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Pezinho do Vitinho
Era uma vez um pezinho.
De bebê.
Um pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Ele queria caminhar, mas o bebê não sabia andar...
Queria conhecer o mundo.
Sentir o chão.
A grama.
O asfalto.
O piso.
Mas vivia sempre nos mesmos lugares.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Queria conviver com as estrelas.
As nuvens.
O sol.
Queria pisar na lua!
Mas só conhecia berço.
Carrinho.
Cestinho.
Quase não saía de casa.
Pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Até que, um dia, percebeu que, bem ao seu lado, havia outro pé.
Bem, bem, bem feliz. Com seus dedinhos animados.
Então, o pezinho triste quis saber por que aquele pezinho vivia contente.
O pezinho era alegre porque vivia ganhando beijinhos carinhosos.
Da mamãe.
Do papai.
Da vovó.
Do vovô.
O pezinho era alegre porque vivia trocando de roupa.
Sapatinho de lã.
Tenizinho.
Meias.
O pezinho era alegre porque adorava mergulhar na banheira.
O pezinho triste ficou surpreso.
Nunca dera valor aos mesmos brinquedos.
Mesmo!
Só pensava em caminhar... caminhar... caminhar...
Que tropeço!
Daí por diante, ele mudou.
Ficou bem, bem, bem feliz. Com o outro pezinho.
Pé esquerdo. Pé direito.
Animados.
Pés de recém-nascido.
E mal sabiam que caminhariam juntos a vida inteira!...
De bebê.
Um pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Ele queria caminhar, mas o bebê não sabia andar...
Queria conhecer o mundo.
Sentir o chão.
A grama.
O asfalto.
O piso.
Mas vivia sempre nos mesmos lugares.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Queria conviver com as estrelas.
As nuvens.
O sol.
Queria pisar na lua!
Mas só conhecia berço.
Carrinho.
Cestinho.
Quase não saía de casa.
Pezinho recém-nascido.
Bem, bem, bem triste. Com seus dedinhos desanimados.
Até que, um dia, percebeu que, bem ao seu lado, havia outro pé.
Bem, bem, bem feliz. Com seus dedinhos animados.
Então, o pezinho triste quis saber por que aquele pezinho vivia contente.
O pezinho era alegre porque vivia ganhando beijinhos carinhosos.
Da mamãe.
Do papai.
Da vovó.
Do vovô.
O pezinho era alegre porque vivia trocando de roupa.
Sapatinho de lã.
Tenizinho.
Meias.
O pezinho era alegre porque adorava mergulhar na banheira.
O pezinho triste ficou surpreso.
Nunca dera valor aos mesmos brinquedos.
Mesmo!
Só pensava em caminhar... caminhar... caminhar...
Que tropeço!
Daí por diante, ele mudou.
Ficou bem, bem, bem feliz. Com o outro pezinho.
Pé esquerdo. Pé direito.
Animados.
Pés de recém-nascido.
E mal sabiam que caminhariam juntos a vida inteira!...
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Leãozinho
Era um leão.
Sonolento.
Lento.
Amigo do cochilo.
Seu nome? Nilo.
Não curtia nem brincadeira.
Não plantava bananeira.
Não colecionava nem figurinha.
Não jogava amarelinha.
Por isso, sonhos lhe eram furtados.
Sonho de gaguejar poesia.
Sonho de vestir lírios.
Sonho de degustar cortesia.
Não ria.
Apenas dormia.
Até quando tinha festa.
Até quando tinha circo.
Até quando tinha teatro.
Até quando tinha parque.
E dormia...
Só porque não queria abraço manhoso.
Só porque não queria beijo garboso.
Não ria.
Nada queria.
E dormia.
Até que a floresta pegou fogo.
Fim de jogo?
Os animais fugiam.
Temiam.
O Rei da floresta finalmente despertou...
... e encantou!
Salvou, salvou, salvou.
Salvou, salvou, salvou.
Virou herói.
Virou caubói.
Ninguém ficou dodói.
Sua vida virou um sonho.
O leão tornou-se risonho.
Bisonho.
Aprendeu.
Cresceu.
Você gostou do apogeu?...
Afinal, as histórias são como a vida,
Acordam leões!...
Sonolento.
Lento.
Amigo do cochilo.
Seu nome? Nilo.
Não curtia nem brincadeira.
Não plantava bananeira.
Não colecionava nem figurinha.
Não jogava amarelinha.
Por isso, sonhos lhe eram furtados.
Sonho de gaguejar poesia.
Sonho de vestir lírios.
Sonho de degustar cortesia.
Não ria.
Apenas dormia.
Até quando tinha festa.
Até quando tinha circo.
Até quando tinha teatro.
Até quando tinha parque.
E dormia...
Só porque não queria abraço manhoso.
Só porque não queria beijo garboso.
Não ria.
Nada queria.
E dormia.
Até que a floresta pegou fogo.
Fim de jogo?
Os animais fugiam.
Temiam.
O Rei da floresta finalmente despertou...
... e encantou!
Salvou, salvou, salvou.
Salvou, salvou, salvou.
Virou herói.
Virou caubói.
Ninguém ficou dodói.
Sua vida virou um sonho.
O leão tornou-se risonho.
Bisonho.
Aprendeu.
Cresceu.
Você gostou do apogeu?...
Afinal, as histórias são como a vida,
Acordam leões!...
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Recadinhos:
Atenção: O livro "Diário de Sherazade" já está a venda, em versão impressa e e-book no site do Clube dos Autores:
www.clubedosautores.com.br/book/141267--DIARIO_DE_SHERAZADE
Não percam! São 131 páginas de diário!
Atenção: O livro infantil "O papagaio que ensinava português já está a venda no site da Editora Protexto: www.protexto.com
O livro narra o encontro entre um papagaio falante do português culto e um falante do português popular que aprendem lições um com o outro até brincarem com a linguagem. Com figuras para as crianças colorirem!
Atenção: O livro "Diário de Sherazade" já está a venda, em versão impressa e e-book no site do Clube dos Autores:
www.clubedosautores.com.br/book/141267--DIARIO_DE_SHERAZADE
Não percam! São 131 páginas de diário!
Atenção: O livro infantil "O papagaio que ensinava português já está a venda no site da Editora Protexto: www.protexto.com
O livro narra o encontro entre um papagaio falante do português culto e um falante do português popular que aprendem lições um com o outro até brincarem com a linguagem. Com figuras para as crianças colorirem!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Diário de Sherazade
Querido diário,
Certa vez, uma amiga informou-me de que haveria uma apresentação de contação de histórias na lona cultural de meu bairro.
Compareci, cheia de expectativas, mas me deparei com uma atriz lendo um livro para um grupo de crianças.
Não era contação de histórias; era leitura de histórias.
E há diferenças?
Certamente.
Na leitura de histórias devemos preservar as palavras escolhidas pelo autor, sendo totalmente fiéis ao que está escrito, mesmo porque algumas crianças acompanham as palavras no livro. Na contação de histórias, a trama sempre sofre pequenas modificações, já que nunca contamos uma história da mesma forma. Além disso, é possível usar objetos como dedoches, fantoches e outros para se contar a história, pois não há o compromisso de se segurar o livro nas mãos durante a apresentação.
Na leitura, as crianças veem as imagens do livro, na contação elas imaginam as cenas da história.
Na leitura, as crianças normalmente ficam sentadas bem próximas ao contador, para visualizarem o livro. Na contação, não há necessidade de tanta proximidade, em princípio. Alguns contadores usam até microfones parra plateias maiores.
Na leitura, só há a movimentação das folhas do livro. Na contação, podemos usar a expressão corporal para desenhar as imagens no ar.
A leitura de histórias envolve a existência de livro, a priori. Na contação, podemos usar um repertório da cultura e literatura oral.
É importante frisar que não se trata de eleger uma atividade como sendo melhor do que a outra. Ambas têm vantagens e desvantagens. Só não aconselho misturar as técnicas, claro.
Ler e contar são excelentes estratégias para se estimular a leitura dos livros e, sobretudo, a leitura de mundo.
Finalmente, ler e contar é só começar...
Certa vez, uma amiga informou-me de que haveria uma apresentação de contação de histórias na lona cultural de meu bairro.
Compareci, cheia de expectativas, mas me deparei com uma atriz lendo um livro para um grupo de crianças.
Não era contação de histórias; era leitura de histórias.
E há diferenças?
Certamente.
Na leitura de histórias devemos preservar as palavras escolhidas pelo autor, sendo totalmente fiéis ao que está escrito, mesmo porque algumas crianças acompanham as palavras no livro. Na contação de histórias, a trama sempre sofre pequenas modificações, já que nunca contamos uma história da mesma forma. Além disso, é possível usar objetos como dedoches, fantoches e outros para se contar a história, pois não há o compromisso de se segurar o livro nas mãos durante a apresentação.
Na leitura, as crianças veem as imagens do livro, na contação elas imaginam as cenas da história.
Na leitura, as crianças normalmente ficam sentadas bem próximas ao contador, para visualizarem o livro. Na contação, não há necessidade de tanta proximidade, em princípio. Alguns contadores usam até microfones parra plateias maiores.
Na leitura, só há a movimentação das folhas do livro. Na contação, podemos usar a expressão corporal para desenhar as imagens no ar.
A leitura de histórias envolve a existência de livro, a priori. Na contação, podemos usar um repertório da cultura e literatura oral.
É importante frisar que não se trata de eleger uma atividade como sendo melhor do que a outra. Ambas têm vantagens e desvantagens. Só não aconselho misturar as técnicas, claro.
Ler e contar são excelentes estratégias para se estimular a leitura dos livros e, sobretudo, a leitura de mundo.
Finalmente, ler e contar é só começar...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Ana, Guto e o Gato dançarino
“A finalidade da arte é, simplesmente, criar um estudo da alma.” Oscar Wilde
Acabo de ler o fantástico livro de Stephen Michael King intitulado ‘Ana, Guto e o Gato Dançarino’.
Ana, uma artista plástica com medo de expor seus talentos para as pessoas.
Guto, o menestrel, o dançarino ousado, alegre, realizado.
Gato, o companheiro fiel dos espetáculos de Guto.
Quando se encontram, aprendem uns com os outros suas respectivas artes e transformam seu ambiente, anteriormente formado por pessoas ‘comuns’, previsíveis, imediatistas.
Ana ganha coragem de ser quem é.
A transformação é, igualmente, interna.
E não é esse o papel da Educação?
Transformar, compartilhar.
O papel da Arte na escola é fundamental.
Já não estamos mais numa época de supervalorização apenas da inteligência da lógica, da matemática e da linguagem.
Já não se fala em inteligência, mas em inteligências, como a musical, a corporal-cinestésica, a pictórica, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a naturalista... consoante os estudos do teórico Gardner.
Essa perspectiva traz a valorização dos múltiplos talentos dos alunos e da diversidade de aptidões que carreiam consigo.
Podemos pedir que os alunos ilustrem poemas, conjugando a inteligência linguística com a pictórica.
Podemos pedir que os alunos transformem poesias em músicas, conjugando a inteligência linguística com a musical.
Podemos pedir que os alunos realizem debates sobre variados temas, conjugando a inteligência linguística com a interpessoal.
Os exercícios são infinitos...
Particularmente, gosto da arte engajada, da arte como um instrumento de denúncia social, de transformação da realidade.
Como Drummond, não gostaria de ser ‘poeta de um mundo caduco’...
Mas de um mundo onde houvesse espaço para as pessoas serem quem realmente são.
Conforme a adorável Ana e o encantador Guto.
E você?
Não gostaria de fazer parte desse mundo?
‘Vamos de mãos dadas’!...
Acabo de ler o fantástico livro de Stephen Michael King intitulado ‘Ana, Guto e o Gato Dançarino’.
Ana, uma artista plástica com medo de expor seus talentos para as pessoas.
Guto, o menestrel, o dançarino ousado, alegre, realizado.
Gato, o companheiro fiel dos espetáculos de Guto.
Quando se encontram, aprendem uns com os outros suas respectivas artes e transformam seu ambiente, anteriormente formado por pessoas ‘comuns’, previsíveis, imediatistas.
Ana ganha coragem de ser quem é.
A transformação é, igualmente, interna.
E não é esse o papel da Educação?
Transformar, compartilhar.
O papel da Arte na escola é fundamental.
Já não estamos mais numa época de supervalorização apenas da inteligência da lógica, da matemática e da linguagem.
Já não se fala em inteligência, mas em inteligências, como a musical, a corporal-cinestésica, a pictórica, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a naturalista... consoante os estudos do teórico Gardner.
Essa perspectiva traz a valorização dos múltiplos talentos dos alunos e da diversidade de aptidões que carreiam consigo.
Podemos pedir que os alunos ilustrem poemas, conjugando a inteligência linguística com a pictórica.
Podemos pedir que os alunos transformem poesias em músicas, conjugando a inteligência linguística com a musical.
Podemos pedir que os alunos realizem debates sobre variados temas, conjugando a inteligência linguística com a interpessoal.
Os exercícios são infinitos...
Particularmente, gosto da arte engajada, da arte como um instrumento de denúncia social, de transformação da realidade.
Como Drummond, não gostaria de ser ‘poeta de um mundo caduco’...
Mas de um mundo onde houvesse espaço para as pessoas serem quem realmente são.
Conforme a adorável Ana e o encantador Guto.
E você?
Não gostaria de fazer parte desse mundo?
‘Vamos de mãos dadas’!...
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